segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Negros: Os Mais Desejados Garotos Propaganda do Racismo

O racismo no Brasil que sempre foi tão proeminente, apesar de negado, agora se tornou às claras. Não por desejo ou boa vontade de pessoas bem intencionadas em mostrá-lo. Mas, apenas pela grande facilidade de transmissão de imagens, sons. E consequência opiniões. De quase qualquer lugar a qualquer hora, muitas situações que estariam totalmente camufladas em uma fusão cultural que insiste em se dizer não racista, mesmo com todas as evidências! Qualquer um pode opinar nas mídias sociais. Dando, assim, uma visibilidade nunca vista aos negros e seus problemas! 
Tal visibilidade é muito benéfica porque há várias causas para o anonimato ou invisibilidade do racismo no Brasil, das quais algumas são:
  1.   Constrangimento dos negros; negros são constrangidos conscientementes ou não a demonstrar indiferença ao racismo para sobreviver; e ter um espaço, mesmo que medíocre na sociedade. Por exemplo: Se não levar "numa boa" apelidos, chacotas, brincadeiras referente à sua cor; poderá ser mal visto na empresa por colegas ou patrões, correndo o risco de perder o emprego. Que para ele já mais difícil do que para o cidadão branco.
2. Indiferença: Muitos brancos e até mesmo negros, acham mais confortável ou cômodo simplesmente ignorar o problema.
        a- Não se importando com a situação a qual julga ser de outros.
        b-  Atribuindo os os constrangimentos ou qualquer outra situação a fatores alheios ao racismo como; personalidade, ou simplesmente negando os problemas.
3. Estratégia: Alguns dos que se beneficiam do racismo acham cômodo, sempre foi assim. Não querem perder os seus benefícios. E dar visibilidade como; nome, formas, consequências, etc. ao racismo. O que seria em si, já uma maneira de começar a mudar a situação! Algo confuso, não identificado, que ninguém compreende claramente e muito mais difícil de ser corrigido! Esta é uma das causas mais importantes de tentarem de todas as formas desqualificar as medidas de combate ao racismo.
 (Nem todos que se beneficiam até involuntariamente do racismo são a favor dele). 
Mesmo certas situações dolorosas de racismo explícito que brotam vez por outra pela internet, tem seu poder curativo.
Por quê? Parte muitíssimo importante do tratamento do racismo infiltrado, enraizado na cultura nacional deve ser: abrir a ferida, expor toda a podridão, fazer a limpeza e aplicar o curativo.
Quantas vezes, pessoas que se diziam prejudicadas pele racismo eram mal vistas por brancos e negros sendo colocadas de escanteio como sendo elas próprias o problema.
Já que racismo era assunto tabu,  brasileiros, inclusive negros, tem que passar pela  incômoda dor de em primeiro lugar: enxergar o racismo, admitir sua podridão para depois tratá-lo.
Beira o ridículo, negros dizerem que: nunca perceberam racismo ou que basta não ligar e seguir sua vida em frente.
Isto vai do extremo da ingenuidade  a arrogância egoísta. Pois, mesmo que ele pense que o racismo não o esteja afetando, poderia ver a sociedade como um todo, sentir o sofrimento de outros. Quantos são maltratados, humilhados apenas por serem negros. 
Não é necessário aqui tentar esclarecer que o racismo brasileiro já foi (muito antes das mídias sociais) amplamente comprovado, por critérios científicos com estatísticas, trabalhos sociológicos e pesquisas inquestionáveis de campo, estudos  sérios feitos em grandes Universidades de países desenvolvidos. Nenhum trabalho respeitado mundialmente, chegou a conclusão de que o racismo brasileiro seja MI MI MI  de uma minoria que não tenha de que se ocupar. Pelo contrário, órgãos internacionais foram os primeiros a  deixar claro que se o Brasil desejasse competir em pé de igualdade com outras nações precisaria promover ações públicas de igualdade racial: foi devido a este posicionamento internacional que foram criadas as tão amadas e odiadas: Cotas Raciais.
Vendo que rapidamente a situação do negro está saindo do marasmo porque  muitos estão se reconhecendo como negros, se aceitando. Adornando suas características físicas, cabelos, lábios e a própria pele. (Novas maquiagens de exaltam a cor negra, por exemplo).
Uma negra com cabelos adornados crespos, indo ao trabalho assim, seria impensável até bem pouco tempo atrás.  Ela, provavelmente seria advertida por má aparência.
Há brancos e negros com posições coerentes baseadas em fatos e com atitudes empáticas em relação àqueles que são discriminados. Mas, há também, um movimento voraz na sociedade para tentar desacreditar a qualquer tentava de inserção justa e digna dos negros na comunidade. 
Dentre as muitas estratégias, há uma que é no mínimo curiosa:
São os Negros Garotos Propaganda do Racismo
Gravam-se negros, alguns ingênuos, outros sabe-se-lá porquê, falando contra algo que esteja em evidência em relação à melhorias, justiça ou identidade negra. E, com a fala de um negro lançada nas mídias sociais;  tenta-se  a todo custo, desacreditar o acontecido ou a posição favorável ao combate ao racismo. Como que dizendo: Se é um negro que está falando, ninguém poderá questionar! Esquecem-se de que; até bem pouco tempo, a grande maioria dos negros, inclusive alguns famosos, não ousavam falar abertamente contra o racismo. E muitos tinham uma posição adocicada quase infantil sobre o tema racismo. (Quem quiser pesquisar; existem trabalhos científicos sobre o tema). 
Dentro deste contexto é fácil encontrar nas mídias sociais negros contra: cotas raciais, negros que dizem nunca ter sofrido racismo, negros que dizem que aqueles que estão falando sobre racismo estão fazendo discurso de ódio, etc. Falar sobre algo real, tentar entender, procurar uma solução, não pode ser jamais comparado com discurso de ódio. Mesmo porque a grande maioria dos negros brasileiros, são pacíficos e tem amigos brancos, convivem bem com brancos. Isto não significa que a sociedade brasileira não tenha problemas graves que trazem prejuízos permanentes aos negros, como: baixos salários, dificuldade de ascensão profissional, raros acessos à cursos superiores, etc.  
   
Algumas considerações gerais:
Cotas raciais tem dado muito certo, apesar que alguns gostariam muito que fosse o contrário.  Pesquisas mostram que alunos cotistas na sua maioria são dedicados. E tem se saído muito bem. Geralmente os bons resultados das cotas não são muito divulgado nas mídias de notícias. Mas, quem pesquisar, encontrará comprovações dos bons resultados em documentos do governo e das próprias universidades. Cota, é apenas uma maneira dentre muitas ainda possíveis, para que o negro possa ter oportunidades que até então não tem tido.
Quanto ao Dia da Consciência Negra para o qual tantos torcem o nariz, é uma data para se refletir sobre as barreiras de ascensão social que os negros ainda enfrentam no Brasil. E muitos outros problemas; além de reflexão também sobre sua história, auto-afirmação, etc. É bom lembrar que outros segmentos sociais como: comunidade japonesa, italiana, portuguesa, etc.  tem suas datas e comemorações. Tentar a todo custo desacreditar uma data criada para negros  em si já é uma forte expressão de racismo. 
Quem não concorda que a homenagem seja a Zumbi dos Palmares, e daí? Quantos na história brasileira tem sua veracidade e bravura questionáveis? Porém, estão aí, sendo homenageados a cada ano.
Será que se fosse outro e não Zumbi, seria bem aceito?



domingo, 27 de novembro de 2016

Agora que começam a dar oportunidades a negros por força de leis e pressão internacional, as oportunidades são para PRETOS MAIS CLAROS!



Parece antítese.

Pode ser!

Mas, não é
antiestético.

Estamos na época da igualdade de direitos, de oportunidades.

Época do politicamente correto, aceitável e sabem-se lá mais do que!

O mundo inteiro está vendo, o mundo inteiro palpitando!

Se não acompanhar tantas mudanças, sai mal na foto, perde lucros.  

Necessário é enquadrar-se de qualquer jeito!

Não dá mais pra protelar com dizeres tais de:

Não existir, ser bobagem, coisa de menor importância.

Deixa pra lá este tal racismo do que estão a reclamar.

Já que tem que pôr o preto, não se pode disfarçar!

Preto aqui, preto acolá!

Ambientes plenos brancos, veem a si amorenar.

Pretos claros: alguns de fundo, outros nos lados.

Disfarçados, quase imperceptíveis.

É melhor pra não chocar!

Raramente, sendo frente, principal que se destaque.
 

Transição é complicada, mas, necessário é encarar:

Lábios grossos, nariz largo, dentes claros!

Cabelos crespos. Pele BEM escura!

Ele é parte, ele é belo!

Basta vê-lo como tal.

Nada contra o preto claro que também deve participar!

Mas, o preto, preto mesmo, bem pretinho, deve ocupar o seu lugar!

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Negro Agora já Tem Voz!

Já perdeu o velho encanto
Os debates acalorados,
Brancos de peles rosadas
Doutorados, experimentados
Discutindo a exaustão
Os problemas da negrada!
Munidos de boa intenção
Faziam-se porta voz,
Aplicando a intuição!
Mas, negro agora  tem voz!
Voz bem alta, alarmada
Que reflete o pensamento
Até da própria criançada!
Fala do que lhe afeta,
Do que agrada e desagrada!
Negro agora  já tem voz
De repercussões mundiais
Pelas mídias sociais!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Hoje em Dia Tudo é Racismo para os Negros


 Diálogo entre branco e negro:

Branco sorrindo: “Nem vou te chamar de negão, posso ser preso, hoje em dia tudo é racismo.”  (kkk)

Negro: “É verdade! Mas, pode me chamar pelo meu nome.”

Branco: “Parece que agora os pretos ficaram enjoados, tudo é racismo! Chega a dar nojo!

Negro: “É verdade, sempre deu!

Branco: "Você não acha que 'tá demais?"

Negro: "Cara! Eu sempre achei!"

Branco: “Sempre achou o quê?”

Negro: “Isso aí que você está dizendo.”

Branco: “Mas o que é que eu estou dizendo?”

Negro: “Que tudo é racismo, não é?” Pois é: Para nós, nosso lugar na sociedade, nossas oportunidades ou falta delas. A maneira como somos vistos. Como debocham de nós, desprezando até mesmo a mais básica das honrarias humanas que é ser chamado pelo nome. As brincadeiras de: “Nega Maluca nos carnavais”, etc.
Não é só agora que tudo é racismo, na verdade, o que temos hoje no Brasil, negros e brancos, foi construído sobre o racismo.
Você tem toda razão, tudo é racismo!”

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Tenho Orgulho de Ter Amigos Negros


Você já parou para pensar como soa para um negro a expressão que tem se tornado popular nas redes sociais? 
(TENHO ORGULHO DE TER AMIGOS NEGROS: Quem concorda curta e compartilhe! ou "se você não for racista...") 

É no mínimo estranha em um país tão miscigenado. Onde está a linha divisória entre ser negro ou branco no Brasil? O que significa esse orgulho? Por quê? Quem é esse negro? Quem é o "branco" que se orgulha? Orgulha de que?

Para o negro  ser igual, não ser discriminado é: ser comum! (Ser absolutamente comum, estudar na mesma escola, ir aos mesmos lugares, ter as mesmas oportunidades.) Quando uma pessoa é igual, passa por despercebida. Não necessita campanha dizendo orgulhar-se dela. A não ser que: mesmo tendo as mesmas oportunidades, ela venha a se sobressair.
Muitos usam esta expressão de boa vontade o que é louvável. Percebendo que o racismo esteja tão escancarado atualmente; algumas pessoas, negras ou brancas, veem-se na obrigação moral de fazerem algo a respeito.  Não digo que o uso da expressão seja de todo negativo. Pois, há boa intenção de alguns ao usá-la (não de todos).  
E também: o constrangimento, surpresa, questionamento, desconforto, indiferença ou qualquer outra reação que a expressão possa evocar; podem ser pedagógicas. E o consequente questionamento levará a descobertas interessantes. Muitos têm postado em redes sociais fotos de negros em situações humilhantes, ou de sofrimento com a frase: "Me orgulho de ter amigos negros!"  Por que não, fotos de negros em situações honrosas? Em alguns casos parece que a postagem é feita por zombaria ou ingenuidade. Aliás, as atitudes em relação ao negro no Brasil, muitas vezes oscilam entre estes dois polos.

O que sente em relação ao negro aqueles amigos que não se declaram orgulharem-se de ser seus amigos? Será que cada vez que o negro se aproxima ele pensa: "Eh! Lá vem meu amigo negro!" (Amigo?)
E se o amigo não fosse negro? Tenho orgulho de ter um amigo louro? Tenho orgulho de ter um amigo moreno? Moreno mais ou menos claro? (Vejam o ridículo da situação!)
Amigo é amigo... É precioso! Amigo não deveria ter cor. É só amigo! Por ser amigo, ele não precisa de mais nada.
Ou será que quem não é negro, ou não *se sente negro, ou não está negro, acha que seja um favor ser amigo de um negro?

OBS.: Veja em artigos anteriores: *Estar negro, sentir-se ou achar-se negro. 

                                          Amigo

Tenho orgulho de ter amigo negro

Tenho orgulho de ter amigo branco

Tenho orgulho de ter amigo moreno claro

Tenho orgulho de ter amigo moreno escuro,
  moreno intermediário!

  Acima de tudo:

Tenho orgulho de ser amigo!

Amigo não deveria ter cor!


domingo, 20 de dezembro de 2015

Diferenças ao Caracterizar Negros ou Brancos

Quando a característica negativa é atribuída a indivíduo negro é percebida como inerente à cor ou relativa a qualquer negro. (Geralmente o negro é assim...).
Se a mesma característica negativa for atribuída a pessoa branca, ela é vista como individual ou esporádica mesmo que haja grande número de indivíduos brancos com tal aspecto ou comportamento.
Exemplo claro disso há hoje na política: Imagine se esse tão grande número de políticos e empresários ricos que estão sendo investigados por corrupção, roubos jamais vistos dos cofres públicos, fossem negros? Eles (os investigados) são tantos que é até impossível, ao cidadão comum, memorizar cada caso. Mas, ninguém ousaria generalizar (o que  realmente não seria correto nem justo). Mas, por que se tratando de negros é comum a generalização? 
E se, no meio deles, houvesse uma meia dúzia de negros. Seriam suspeitos de terem contaminado os demais?

Alguns ditos populares, corriqueiros que demonstram a generalização de características negativas referindo-se  a negros : 
  • Isto é sérvio de nego (malfeito)
  • Só podia ser nego (fez algo errado)
  • Nego quando não caga na entrada, caga na saída (ele vai errar em qualquer parte do percurso)
  • Branco quando se junta com nego só sai sujeira (influência negativa)
  • Ele tá fazendo negrice (fazendo coisa errada ou ruim)
  • Por isso que não gosto de nego (decepção)
  • Nego fedido
  • Nego sujo
  • Nego bandido
    Nego safado
    Nego Malandro
Veja que as características negativas foram atribuídas à cor e não ao indivíduo.
E quando as características são positivas SÃO AUTOMATICAMENTE consideradas  EXCEÇÕES e até, em alguns casos, relacionadas a brancos. (O negro está excepcionalmente tendo atitudes de branco).
Vejamos exemplos:
  • Ele é preto de alma branca
  • É preto, mas é boa pessoa
  • Prefiro mais  um preto do que um branco desonesto
  • Ela é preta mas é cheirosa
  • Ele é preto, mas é honesto
  • Serviço de branco (serviço bem feito)
  • Ele é preto, mas não troco por um branco sujo
  • Preto limpinho

    Como negros poderão acessar  boas escolas, bons empregos, etc. sendo taxados de características tão negativas? Como serão aceitos nos melhores ambientes?

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Como Deve Ser uma Escola para Negros no Brasil?

Quando se fala em valorizar o negro, parece que é mais fácil buscar roupagens africanas, atabaques, etc.
Todo povo tem sua história que precisa ser conhecida; mas parece que há uma dificuldade em valorizar aquele negro que é “meu” vizinho, exatamente como ele é: Que tirando a cor da pele, é exatamente igual a “mim. Ele não usa indumentária africana, nem mesmo nunca as viu. Ele trabalha, volta para casa à tarde, igualzinho à vizinhança; seus filhos estudam em escolas públicas do bairro.
Às vezes, dá-se a impressão de que: Quando se fala em integrar o negro, combater o racismo, dar a ele a mesma oportunidade que aos brancos. Aí, então, vai-se buscar um negro tão fantasioso, tão diferente daquele que tem suas crianças na mesma escola pública que os “nossos filhos” que é aquela criança que às escondidas ou às claras é chamada por coleguinhas de: “nego fedido ou macaco”.
As raízes negras, estão na África e tem sua importância. Mas, a cultura negra brasileira é brasileira. O negro em questão é brasileiro, seus problemas são brasileiros. Suas lutas são aqui!
Muitas vezes, essa busca fantasiosa de um “negro brasileiro da África” só ajuda a fugir do problema, confundir as pessoas negras e brancas e a mascarar o racismo.
O negro brasileiro não precisa fantasiar-se de africano para se encontrar. Ele já é o que é. A cultura africana está nele, está nos brancos, está no Brasil inteiro. E isto não tem minimizado o racismo!
As raízes africanas são importantes, belas, ricas e tem o seu lugar na busca do conhecimento por negros e brancos. Mas, jamais, deve ser usada para camuflar o verdadeiro problema do negro brasileiro que é: Interação justa entre negros e brancos aqui, no dia-a-dia.

Pensar que a criança negra precise de uma formação escolar diferenciada da que é dada à criança branca, reafirma ainda mais a discriminação! 

(CULTURA NO SENTIDO DE COSTUMES, APRENDE-SE NA FAMÍLIA)!  A escolaridade das crianças negras para ser boa e justa tem que visar oportunidades no Brasil, em todas as áreas do conhecimento humano. Estas crianças quando crescerem não vão ser enviadas para a África, a maioria, provavelmente, viverá aqui mesmo. Elas devem ser preparadas para viver no Brasil de maneira justa e igualitária. 

Concluindo: 
Escola para negros, ou para brancos deve ter: boa formação em português, com muita leitura e interpretação de textos; boa base de aritmética (na infância), ciências, etc. Outros conhecimentos têm o seu lugar, inclusive cultura africana ou de outros locais de origem. Mas, ATENÇÃO! Não adianta ter uma educação medíocre e uma ou duas vezes por ano, fantasiar os alunos de africanos, servir comidas típicas e dar aulas de capoeira!