Mas, será que o Brasil
é superior aos Estados Unidos em ralação ao racismo?
Entre Brasil e Estados Unidos:
Onde o negro tem mais identidade?
Onde ele ocupa posições diversas
na política, empresariado, educação superior, etc.?
Quantos políticos, médicos,
advogados, empresários negros há no Brasil?
E a memória? Quantas
histórias interessantes, cativantes de como o negro chegou da escravidão até
aqui? Suas lutas e superações? Quantos livrinhos de histórias infantis tendo o
negro como protagonista há aqui? As representações do negro na cultura
brasileira o enaltece ou diminui?
É claro que todas as
perguntas acima são retóricas.
Na verdade, o Brasil pode aprender
muito com os Estados Unidos; mesmo levando em conta eles também terem seus
problemas raciais a serem superados.
Alguns exemplos do que pode-se
aprender: Estados Unidos expôs as “mazelas”
do racismo. Documentando e mostrando ao mundo através de filmes, livros, etc.
Há uma “memória” bem nítida dos
negros lá. A maioria do povo brasileiro sabe mais sobre o racismo americano que sobre
o brasileiro. (Imagina-se uma pessoa que saiba muitos detalhes da história da
família vizinha à sua casa. Mas, não saiba quase nada sobre a sua própria
história).
Quando um problema é
exposto e explorado; aprende-se a não permitir que aquela história triste e
vergonhosa se repita. (É o que os judeus procuram fazer; trazendo à memória o
holocausto).
O Brasil só tem
perdido, tentando “dar um jeitinho”
de negar o racismo nacional. Torna-se ridículo aquele que nega o óbvio!
Os americanos mostram “seus negros” como são em filmes. A
maioria dos filmes no Brasil que mostra o negro “sem nenhum constrangimento” é formada por filmes americanos. Não é um negro “idealizado”. É apenas negro!
No Brasil, salvo exceções,
o negro “da mídia” é “idealizado”: quase branco ..., a única
coisa que o “denuncia” como negro é uma
leve cor. Muito bem compensada por lábios e nariz finos. Esse negro falta
muito pouco para ser “perfeito”! Seus
traços estão mais para caucasiano que para negro. Um tipo raro, destinado ao sucesso. Será muito útil ao “jeitinho” que dirá: “Está vendo! No Brasil não há racismo! Veja que negra(o)
bonita(o) na novela tal...!”
Para que o Brasil
mostrasse as *Misses Dasys da sua história, teria que superar o constrangimento nacional e encarar o
negro como ele é. E, principalmente, fazendo o seu “papel” não só em filmes. Mas, principalmente, na VIDA REAL.
Uma das razões do
negro brasileiro ter dificulta para se "identificar" é a falta de memória.
*(Ref. Ao Filme: Conduzindo Miss Dasy que expõe aspectos do
racismo na cultura americana).
Situação exemplo:
Um grupo de
estudantes adultos –todos ali se consideravam não racistas- assistia a um filme,
em sala de aula, como atividade escolar. Dentre (30) trinta alunos, havia (03)
três negros. A sala estava em silêncio! De repente, apareceu, em cena, um homem
negro – com traços e características acentuadas de NEGRO. Uma gargalhada
em uníssono quebrou o silêncio na sala! Não havia nada, na cena, que
justificasse a gargalhada! A não ser que: ser NEGRO, abertamente NEGRO,
totalmente NEGRO, desconcertantemente NEGRO… fosse a causa da GARGALHADA! (Após
o ocorrido, nunca se ouviu, entre os alunos, qualquer comentário sobre o fato.
Aquilo era um acontecimento corriqueiro! (Só este humilde blog ousa
falar sobre o assunto!)
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