(Algumas sugestões)
1.
Constrangimento.
2.
Necessidade
de se adaptar para sobreviver.
3.
Achar que:
o que ouvem ou percebem são fatos. Que
nada poderia ser feito a respeito. Muitos negros são submetidos a situações
racistas desde que nascem. Eles não conhecem outra coisa.
Por exemplo: Qual brasileiro já ouviu dizer que:
lábios grossos são bonitos (EM NEGROS)? Sim, leitor, é uma
característica de negro. Porém, é vista como atraente quando – excepcionalmente - em pessoa branca. É o caso de alguns artistas brancos de lábios
grossos. O chamado na gíria de “bocão”,
visto como sensual em brancos.
E, em negro? Percebe-se que muitos padrões “mentais” de belo / feio são impostos tanto a brancos quanto a negros. E que a
maioria das pessoas os assimilam inconsciente, sem questioná-los. Elas apenas
sentem que aquele é o padrão. Mas, não têm consciência de que aquilo lhes foi
meticulosamente imposto.
Quando uma cultura é racista, muitas vezes, o que torna difícil de
discernir o RACISMO é que: não é A
ou B que é racista e sim o “caldo cultural”. Este envolve a todos.
Veja um exemplo extraído de outro aspecto cultural, mas que é propício:
Numa sociedade machista, não é o homem que é machista; o comportamento do povo se
submete à cultura machista. O comportamento machista é visto por: homens, mulheres e crianças como
a “única saída”. É o que eles
conhecem; é simplesmente a maneira de se viver aprendida dentro daquele “caldo cultural”. Isso não significa que realmente não haja saída. A saída passa pela conscientização.
Certa vez, uma senhora moradora de região onde a cultura tem predomínio
do machismo. Buscou ajuda (aconselhamento especializado) porque seus dois
filhos: um menino e uma menina, ainda pequenos, estavam tratando-a com
desprezo. Ela tinha bom relacionamento com o marido e ambos procuravam educar
os filhos com carinho e respeito. Assustada, relatou ao conselheiro a atitude
dos filhos. Logo ficou claro que o
comportamento dos filhos era assimilação da cultura local. Mesmo que o pai,
excepcionalmente, não tinha aquele comportamento de desprezo por sua mãe, eles
tinham assimilado do “caldo cultural” que aquela deveria ser a maneira padrão de se
tratar uma mulher. A menina não tinha maturidade para entender que o mesmo
tratamento dado à mãe seria dado a ela. Ela apenas estava repercutindo o padrão
de comportamento diluído na
cultura.
Por concepção da palavra não se pode declarar que o negro seja racista
em relação a si próprio. Mas, sim que: o sistema
cultural o induz a assimilar, aceitar e até ter por verdade, padrões
culturais que o discrimine.
No Brasil estas
características são ainda mais significativas porque não há definição clara que
sirva de parâmetro: Não há definição clara de quem seja negro, quem seja
racista ou não. E, até mesmo do que seja racismo. Então, é como se o “racismo” fosse: Um “limo” com vida própria que envolvesse a todos.
Um dos
principais ingredientes que poderá limpar esse “limo”
é o CONHECIMENTO. Ele não é o bastante para solucionar todo o problema.
Mas, a solução certamente passa por ele!
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