Pessoas que se julgam superioras, na
verdade, são tolas.
Nestes últimos dias vimos, infelizmente, dois casos berrantes de racismo:
·
O primeiro contra o
jogador brasileiro Tinga, no Peru.
· O segundo em que: uma
senhora australiana em Brasília, foi
à manicure e julgou que a profissional fosse NEGRA demais PARA FAZER-LHE AS UNHAS.
Ambos
os comportamentos não passaram de: “assinatura do atestado de ignorância”!
1. No primeiro caso, os torcedores que tiveram atitude tão
grosseira ao imitar macaco, cada vez que o jogador negro tinha posse de bola,
desconcentrando todo o time adversário, além de outras implicações, foram covardes e desleais.
Ao zombarem de negros, eles se
julgaram superiores. Mas, se fossem realmente superiores, teriam tal
atitude? Não, de modo algum! Superioridade
subtende nobreza de caráter! É claro que a cor da pele ou qualquer outro aspecto exterior não faz
de uma pessoa superior ou inferior a outra. Mas, se houvesse tal
possibilidade, não seriam os superiores leais e generosos? Em essência
o que é superior é BOM ou ÓTIMO! Então, tais pretensos superiores seriam bons, nobres de caráter e protetores com os supostamente inferiores que seriam mais
frágeis.
Mas, no
caso de parte da torcida peruana
vê-se o contrário: eles foram grosseiros, não
levando em conta nem mesmo a vergonha que trariam ao seu País. Pois, ficará para
sempre a pergunta no ar: Que parte da sociedade peruana, aquele grupo de
torcedores que chamou um homem negro de macaco representa? Eu, negro, se
visitasse o Peru, país vizinho, como serei visto? Será que vários ali, me veriam
com desprezo? Como são tratados os negros de lá?
Esse grupo de torcedores na verdade prestou um grande desserviço à sua
nação! O Tinga e a Causa Negra saíram dessa
situação FORTALECIDOS. Mas, e os tais torcedores? O que ganharam? Nada,
creio que muitos deles terão vergonha de se identificar!
2. Agora, falemos sobre a senhora
australiana e a manicure negra: a senhora se julgou tão superior: disse que a manicure era negra demais para fazer-lhe
as unhas. Como se a cor da manicure fizesse diferença nas unhas feitas! Essa senhora australiana demonstrou um grau
de ignorância absurdo!
Em
primeiro lugar, ela não se deu conta de que estava num país diferente do seu,
numa cultura diferente da sua. E de que sua atitude teria um efeito BOMBÁSTICO! Pode-se dizer que ela DEU UM
TIRO NO PÉ. No Brasil tem-se o racismo “à moda da casa” que é um comportamento -geralmente- extremamente sutil. O
comportamento da senhora australiana é culturalmente
inaceitável aqui! Se ela fosse tão
superior quanto pensa ser, saberia disso! Se tiver a “coragem” de continuar vivendo no Brasil,
após o ocorrido, será sempre apontada como: AQUELA QUE DISCRIMINOU A MANICURE NEGRA.
Conclusão:
Parte dos torcedores peruanos e a
senhora australiana não são superiores, mas sim, IGNORANTES!
Perfeita análise e conclusões!
ResponderExcluirConcordo com cada palavra, principalmente com a parte sobre a sutileza do racismo em nosso país, mesmo porque, fosse feito um rastreamento genético,não escaparia nenhum brasileiro, e os estrangeiros, quero dizer, aquele cuja árvore genealógica esteja localizada noutro continente, certamente teria uma boa dose de negroide em seu DNA, visto que a civilização terráquea teve seu início no continente Africano.
Parabéns pelo texto 'Jerusa'Excelente!