Ah! Se Eu Soubesse!
Quando articulei, com os meus lábios,
o desprezo a você.
Não sabia que estava desprezando a
mim mesmo!
Oh! Como eu teria
pensado muitas vezes antes, se o soubesse!
Aquele desprezo estava guardado
dentro de mim!
Na verdade me foi passado como
herança.
Os lábios foram apenas a saída.
Já que o desprezo, o asco há muito
estavam guardados em meu coração!
O constrangimento de expô-los, eu só
sentia porque no fundo, bem lá no íntimo, aquele
desprezo era por mim mesmo (eu ainda não tinha consciência).
Pensei: “Aproveitarei do anonimato das massas (como quem participa de um linchamento) e
despercebida entre a multidão, com toda força dos meus pulmões gritarei e exporei o meu desprezo.
Depois, ficarei escondida no meu
cantinho impunemente, seguirei minha vida”!
Mas, esqueci-me de uma
coisa: O mundo
moderno tem olhos voltados para
quase todos os cantos, os quais, também têm
o poder de esparramar em segundos as imagens mundo a fora!
Então, na minha inocência, externei o desprezo com toda força dos pulmões: “MAAA-CAAA-COOO!”
E encolhi-me, cautelosamente, entre
os que, até então, considerava como sendo meus iguais, meus cúmplices silenciosos!
Descobri assustada que:
aqueles olhos de águia haviam me
capturado! Senti-me, nua, exposta!
Vi que: na verdade eu
havia discriminado e desprezado a mim
mesmo!
Conclusão:
Quando respeitamos e
valorizamos nossos semelhantes,
estamos valorizando e respeitando a nós mesmos!
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