segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Lápis Cor de Pele: Uma Convenção Racista para Pintar Figuras Humanas


Cor de pele
Cores de pele
Cor de pele?
Cores da pela.
Pele!
Pele de cor?
Só um racismo exacerbado para padronizar uma cor de pele.
Toda cor de pele é: cor da pele, não importa sua tonalidade!
Se a pele não fosse daquela cor, não seria cor da pele!
As redundâncias são propositais para enfatizar a incoerência absurda do que já foi, há longos anos, convencionado de que cor de pele seja um rosa suave.
Para que isso?
Uma criança, quando entra no maternal, em seus primeiros rabiscos infantis (não importa sua cor) já lhe é entregue o tal lápis (cor de pele) para pintar corpos. E se ela se aventurar a usar qualquer outra cor é advertida: “Você está pintando errado! Use o lápis cor de pele!
Muitas vezes, também, a criança é simplesmente orientada a deixar rosto, braços e mãos sem pintar (dando a ideia de que aquela pessoa seja extremamente clara).
Muitas crianças quando já estão com sete, oito anos ou mais; se sentem constrangidas, se desafiadas a pintar figuras humanas em tons escuros. No caso da pintora ser uma criança escura a se recusar a pintar com cor semelhante à sua, será censurada e muitas vezes, taxada de não se aceitar,  isso a faz sentir-se culpada por algo a que foi condicionada desde muito pequena.
Ninguém nasce com a cor errada! Cor seria apenas um detalhe insignificante se não fossem as convenções criadas pelo egoísmo e ignorância.
Não tem nada de errado em uma criança totalmente branca achar que uma figura humana se identifique mais consigo se não pintada ou pintada de cor bem clara. Ou, até mesmo se outra criança, não tão clara, quiser experimentar vários tons ao pintar; desde que todas as possibilidades de tons de pele lhe sejam apresentadas de maneira, gentil, igualitária e honesta.
 
Conclusão:
O problema não está em como a criança pinta uma figura humana, mas, sim na imposição de padrões preconceituosos que vem de longos anos. TODA COR DE PELE É COR DE PELE!