domingo, 8 de setembro de 2013

Comportamento Racista Comum na Cultura Brasileira - Subestimado Também por Negros

Um pequeno grupo de pedreiros construía a garagem de certa residência. A equipe era formada por: o mestre de obras, mais um pedreiro e dois serventes. Todos eram amigos e se conheciam bem. Só um dos serventes era negro “bem escuro”. Os demais eram o oposto, bem claros.
Todo tempo, enquanto trabalhavam, o servente (de pele clara) se referia ao colega como “nego safado”. Todos riam a valer das “brincadeiras”, inclusive o negro. A situação perdurou por alguns dias.
A proprietária da casa observava a situação. Um dia resolveu intervir. Perguntou ao jovem branco porque ele sempre se referia ao negro como “nego safado”. Ele disse que eram apenas brincadeiras, e que eles eram bons amigos. A proprietária perguntou-lhe qual seria a diferença se alguém se referisse a ele como “branco safado”. Ela acrescentou-lhe que aquele era um comportamento racista e que racismo era crime. Eles continuaram a obra até o fim. As brincadeiras cessaram!
 Passado algum tempo, a mãe do jovem que fizera as brincadeiras, visitou a proprietária da garagem. E, em conversa aparentemente casual, evocou o tema racismo para deixar bem claro que na sua família ninguém era racista.
Este é um acontecimento, absolutamente banal.
Então, por que foi registrado?

Justamente por ser banal merece reflexão:

Por que o jovem branco, mesmo se dizendo amigo do negro, não o tratava pelo nome?

Por que o negro sorria e aceitava a brincadeira?

Por que os demais membros da equipe não interferiram na brincadeira?

Por que a mãe do jovem julgou necessário justificar o filho juntamente com toda a família?

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